sexta-feira, 25 de julho de 2008

Anjos atônitos.

Meus sonhos têm devorado quilômetros do meu sono. Castigo ácido sobre pétalas doces, beijo lilás que não pude negar. Lábios e noites não me pertencem mais. Perdi meu dia para o invisível. Não importa quanto Chanel use, minha alma está doente e seu perfume me acompanha num denso cortejo fúnebre, sem flores, sem cores. Na rua, os vivos esquivaram o pobre mendigo da Rua São Clemente. No sinal, os anjos se abriram como o Mar Vermelho para me deixar passar.

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